Sob este silêncio tão pesado
Cai a noite em minh’alma.
O coração arrio como um fardo
E o abro nestas folhas como a palma
Das minhas mãos, entregues, estendidas
Para a leitura, talvez à palmatória,
Que embora se façam entendidas
Penas e culpas procuram sua história
E encontram nestes versos a razão,
Origem, ou pelo menos o sentido
Para que traga o peito tão sofrido.
E volto à casa, ao meu porão perfeito
Onde escondia o jovem coração
Que já não confiava no meu peito.
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